Servindo a Deus
(continuação)
Muitos têm se equivocado e pensado que a obra de Deus é realizada apenas no altar. Eles ignoram o fato de haver uma multiplicidade de ministérios dentro da Igreja do Senhor Jesus. É certo que na Igreja Primitiva havia a santa preocupação de se saber qual seria a atribuição de cada novo convertido dentro da comunidade. Pois, à medida em que a obra se desenvolvia havia necessidade de mais e mais pessoas para o exercícios de tarefas dentro da igreja. Isto se deu, por exemplo, quando na distribuição diária dos alimentos. Naquela oportunidade os doze apóstolos se reuniram com a comunidade e disseram: “Não é razoável que nós abandonemos a Palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra.” (At.6.2-4).
Mais tarde, o apóstolo Paulo ensinou aos cristãos de Corinto que Deus estabeleceu na igreja, “primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” (I Cor.12.28).
A obra de Deus é como um corpo em que cada membro tem a sua função bem definida. Quando esse membro não se afina com os demais, todo o corpo sofre e a obra de
Deus fica emperrada.
Paulo também ensinou aos cristãos de Roma a diversificação de tarefas na obra de Deus e o que Deus espera de cada servo, quando disse: “Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se em fazê-lo; ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.” (Rm.12.4-8).
Quando o servo não conhece a vontade do seu Senhor fica desorientado e inseguro na fé. Ora, o Espírito Santo com certeza tem mais interesse em orientá-lo segundo a Sua vontade do que ele tem necessidade disso. Entretanto, o que mais tem acontecido é o servo inseguro pela falta de discernimento quanto ao seu papel na obra de Deus. Muitas vezes, por falta de orientação ou informação; outras tantas, por falta de realmente querer fazer aquilo que Deus quer que ele faça. Sendo assim, esperamos que esse trabalho venha ao encontro da necessidade de cada cristão, para que por si mesmo venha se enquadrar dentro da verdadeira vontade de Deus na sua vida.