Continuação do Estudo Servindo a Deus
Posted: sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 by Guilherme Castro in
A IGREJA PRIMITIVA
A Igreja Primitiva tinha o mesmo problema da Igreja atual, pois tanto Paulo quanto Pedro tocam no mesmo assunto com respeito à conduta dos convertidos que viviam na condição de escravos. O comportamento deles após a conversão deve ter sido o contrário do que deveria ser diante de seus senhores. Naturalmente eles pensavam que por serem agora livres na fé cristã não teriam que obedecer aos seus senhores na carne. Essa atitude levou Paulo a escrever o seguinte: “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus, servindo de boa vontade, como ao Senhor, e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma cousa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.” (Ef.6.5-8).
O trabalho escravo já não existe mais. Hoje em dia todos são livres, pelo menos fisicamente, e todo trabalho é recompensado com um salário. Mas mesmo assim, muitos cristãos assalariados não têm cumprido com o seu dever diante de seus respectivos patrões. Pensam que pelo fato de serem convertidos têm o direito de tapeá-los na execução de suas tarefas só por eles não serem também convertidos. E quando não são maus operários procuram servir de mau humor e roubar-lhes tempo durante o trabalho. E isso tem contribuído em muito para seus fracassos profissionais, pois atitude como essa desonra o Senhor Jesus que lhes deu aquele trabalho.
José, filho de Israel, quando vendido como escravo para um oficial de Faraó levou em conta o fato de ser temente a Deus. Em razão disso teve um comportamento exemplar como escravo, cumprindo suas tarefas da melhor maneira possível, mesmo sendo seu senhor incrédulo. Por causa disso foi elevado a chefe de todos os demais escravos. Quando injustiçado e lançado na cadeia, o seu comportamento não mudou, pelo contrário, manteve o mesmo padrão de qualidade no desempenho de suas funções. Deus era glorificado nele, quer como escravo chefe, quer como prisioneiro injustiçado! Por isso ele foi exaltado pelo Senhor e veio a ser o segundo homem mais importante de todo o Egito.
Também em sua epístola Pedro se preocupa em exortar aos servos cristãos com respeito à sua conduta no cumprimento de suas tarefas, dizendo: “Servos, sede submissos, com todo o temor, aos vossos senhores, não somente aos bons e cordatos, mas também aos perversos; porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.” (I Pd.2.18-19).
E até às mulheres o apóstolo adverte, dizendo: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vossos próprios maridos, para que, se alguns deles ainda não obedecem à palavra, sejam ganhos, sem palavra alguma, por meio do procedimento de suas esposas.” (I Pd.3.1).
Veja que Pedro exorta a mulher serva que serve no átrio de sua casa a ser submissa ao seu marido. Obviamente que essa submissão deve ter os seus limites. Há maridos que procuram se aproveitar da submissão de suas respectivas mulheres para lhes tentar impor perversões sexuais, isto é, relações sexuais ilícitas. Elas jamais podem transgredir a vontade de seu Senhor para satisfazer aos caprichos imorais de seus respectivos maridos.
O Reino de Deus é composto apenas por aqueles cujas vidas pertencem cem por cento ao Rei e Senhor Jesus Cristo. E somente eles estão aptos para realizarem a obra para Deus. Não podemos nos esquecer que o Senhor Jesus somente é Senhor daqueles que realmente Lhe servem como verdadeiros servos.